SINTEAC

SINTEAC CRITICA JUDICIALIZAÇÃO DA PARALISAÇÃO DA EDUCAÇÃO

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento lamentou a decisão equivocada da prefeita Socorro Neri de judicializar as reivindicações da categoria de cobrar o reajuste salarial da data base. Com uma cara de sonsa inofensiva, mas que usa de uma covardia sem limites  para prejudicar as merendeiras, os assistentes escolares e de creche que decidiram paralisar as suas atividades nas escolas da rede pública para cobrar apenas a reposição das perdas salariais. “Há três anos que lutam por reajuste salarial, a gestora municipal sempre ignorou o pleito destes servidores da educação”, desabafou.

A sindicalista disse que basta existir um movimento reivindicatório da categoria para o poder público tornar ilegal a paralisação da educação com o ingresso de uma ação no Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC) que não tem competência de julgar questões de cunho trabalhista, uma vez que não tinha sido decretada uma greve geral pelos sindicatos. “Mandou avisar que vai cortar ponto de servidor que reivindicar seus direitos”, denunciou a sindicalista.

Rosana disse que a prefeita da capital acreana usa da covardia e da estratégia rasteira contra servidores da educação da rede municipal. Desde que assumiu a prefeitura tem explorado as merendeiras que recebem apenas uma complementação do salário mínimo, pois elas trabalham em cubículo desconfortável e quentíssimo, sem condições, explora também, os professores fazendo formação fora da carga horária quando deviam ser dentro da carga horaria prevista em lei. Prefeita ingrata com a categoria, pois não sabe que a  educação de Rio Branco tem apresentado bons indicadores por conta do esforço dos trabalhadores em educação, mas  que lamentavelmente  têm sido explorados e escravizados, quando os funcionários de escola não têm suas horas extras pagas, eles acabam recebendo menos que o salário mínimo. “Prefeita respeite a nossa Educação… Cadê o reajuste que tinha prometido a nossa categoria????”, cobrou a sindicalista.

Desde que assumiu a prefeitura, os servidores da rede municipal não tiveram nenhum reajuste. Apesar da  ‘senhora’ não receber o sindicato para negociar,   as poucas vezes que recebeu a diretoria do Sinteac, foi na pressão, mas os pleitos ficaram na enrolação , com a justificativa do impedimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Não seja ingrata, antidemocrática e repressora, quando  ameaça cortar ponto de quem está cansado de tanto trabalhar e que não é reconhecido, nem valorizado por sua gestão desastrosa.

Lamentavelmente, a própria categoria tem sido omissa na luta por seus próprios direitos, alguns segmentos como merendeiras e assistentes têm disposição de unir forças para cobrar da prefeita, enquanto outros servidores mais acomodados ignoram a luta.  O Sinteac tem encaminhado a pauta de reivindicação dos trabalhadores, porém, a prefeitura se utiliza da pressão do cargo que exerce para impor as suas exigências, quer fazer como que a categoria fique na inércia.

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