SINTEAC

PRESIDENTE DO SINTEAC DISCORDA DE PROJETO QUE OBRIGA RETORNO DAS AULAS PRESENCIAIS

A sindicalista Rosana Nascimento, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), lamentou o apoio dos três deputados acreanos de aprovar o projeto de lei (PL nº 5595/20) que obriga os professores da rede pública (estadual, municipal e federal) retomarem as aulas presenciais, sem nenhuma previsão de serem vacinados com o imunizante anticovid. A dirigente sindical discordou da decisão votada na calada da noite pelos deputados, mas promete mobilizar a sociedade acreana para virar o jogo no Senado Federal.

Destacou que os deputados não têm conhecimento e nem competência para falar da Educação, dos professores e dos funcionários de escola. “Não podemos concordar com o retorno das aulas presenciais, quando contabilizamos quase 210 mil mortes por covid-19 em quatro meses, mais de mil mortes de trabalhadores da educação em nosso Estado”, desabafou a professora Rosana Nascimento.


Com o apoio dos deputados federais Flaviano Melo (MDB-AC), Jéssica Sales (MDB-AC) e Dra. Vanda Milani (SOLIDARIEDADE-AC), a base de sustentação do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada de hoje, (dia 21), a proposta de autoria da deputada Paula Belmonte (CIDADANIA-DF) que considera a educação infantil, o ensino fundamental e médio e a educação superior como serviços essenciais, que não podem ser interrompidos durante a pandemia que já matou quase 380 mil brasileiros, mas no Acre, chegou a quase 1.500 óbitos.


O texto polêmico, segue agora para o Senado Federal para que possa ser votado e encaminhado ao presidente da República, Jair Bolsonaro para sanção. O retorno do ano letivo com aulas presenciais nas escolas da rede estadual, municipal e federal, com a participação de órgãos de educação, saúde e assistência social, porém, não tem nenhuma previsão de imunização dos trabalhadores em educação (professores e funcionários de escola).


Apesar do projeto em tramitação no Congresso Nacional estabelecer parâmetros de infraestrutura sanitária e a disponibilização de máscaras de proteção, distribuição de álcool em gel, água e sabão, no horário do recreio, merenda dos alunos e no transporte escolar, a medida não corresponde à realidade das escolas da rede pública nos municípios acreanos. “Manaus mergulhou numa crise sanitária sem precedentes da sua história no começo do ano, porque as autoridades ignoraram as recomendações das autoridades de saúde pública e retomaram as aulas presenciais no ano passado”, recordou a sindicalista.

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