
O governador Gladson Cameli destruiu a carreira dos profissionais da Educação ao reduzir o valor da nossa referência salarial. À época, afirmou em ata que devolveria esse valor em janeiro do ano seguinte. Já se passaram três anos e nada foi cumprido. Prometeu devolver em maio, caso o Estado estivesse adequado à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O relatório do quadrimestre foi publicado em 30 de maio e, para nossa decepção, em vez de reduzir, o percentual do limite aumentou.
A ingratidão é ainda mais grave considerando que a maioria dos trabalhadores da Educação votou nele. Mesmo assim, o governo não fez nenhum esforço para se adequar à LRF. Pelo contrário: as contratações continuaram, e os gastos aumentaram. Quem paga essa conta? Os servidores da Educação. Sempre que há desequilíbrio financeiro, é o nosso salário que sofre o corte.
Enquanto isso, o governador segue anunciando reajustes para outras categorias, antecipando pagamentos para alguns, enquanto a Educação amarga cortes e condições de trabalho degradantes. A realidade é de salários defasados e desvalorização profissional.
Ainda é possível recuperar os 10% da nossa referência.
Basta que a categoria esteja mobilizada e que o governo tenha disposição para corrigir essa injustiça.
OPORTUNIDADE EXISTE – FALTA VONTADE POLÍTICA
Em 24 de fevereiro de 2025, o governo do Acre, liderado por Gladson Cameli, renovou o contrato de prestação de serviços financeiros com o Banco do Brasil por mais cinco anos. O contrato garante que o banco continue processando a folha de pagamento dos 53,7 mil servidores estaduais, entre ativos, inativos, pensionistas e estagiários.
Além da folha salarial, o acordo inclui a centralização da arrecadação, pagamento a fornecedores e movimentação das contas do Estado. Como contrapartida, o Banco do Brasil fará um repasse de R$ 152 milhões ao governo, sendo R$ 120 milhões pagos até setembro de 2025.
Há também os recursos da Educação, que aumentam anualmente. No entanto, infelizmente, são usados para atender às prioridades da politicagem, dos conchavos e dos interesses dos “amigos da governança”.
Se o governador realmente quiser, pode apresentar um Projeto de Lei com:
O reajuste de 6,27% para todos os servidores, com efeito retroativo a janeiro;
Criar o auxílio saúde e aumentar o auxilio alimentação para a compensação das perdas que a categoria vem tendo nesses 3 anos;
O pagamento desse reajuste já nas folhas de junho ou julho;
O início da devolução da nossa tabela de referência, com a primeira parcela em setembro, representando 8,5% ainda em 2025 e os 10% restantes em 2026, antes do período proibitivo das eleições (a partir de 5 de abril).
Solução existe, proposta também. Falta apenas vontade política de Gladson Cameli para fazer justiça com a Educação.
Rosana Nascimento
Pres Sinteac
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