A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, tem percorrido as escolas da rede pública, onde acontece a formação das turmas de professores para participar do movimento de não retomada do ano letivo nesta segunda-feira (dia 10), conforme a deliberação da categoria no fim do ano 2019, caso o governo não atendesse a pauta de reivindicação. “O SINTEAC está encaminhando a luta, mas se a categoria não for pra rua, só nos restará parabenizar o governador, pedir desculpas pela pressão e transtorno, pois a categoria está satisfeita”.
Infelizmente, o reajuste que estava sendo negociado não será mais possível, pois o Estado ultrapassou o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) de 49% para 55.17%. Com isto, o Estado não poderá conceder reajuste, gratificações, contratações ou mudança na estrutura de carreira que aumente os gastos na folha de pagamento. Sendo assim, resta à diretoria do Sinteac cobrar um auxílio alimentação que estamos pedindo no valor de 500 reais, inclusive o pagamento de 50% da nossa VDP integral em julho, enquanto os outros 50% no fim do ano. Além de mudanças nos critérios do pedágio da aposentadoria, com a redução do pedágio de 100% para 50% dos que falta para se aposentar e que o Estado se adeque a LRF, para incorporar os valores nos pisos das carreiras.
Rosana informou que o Auxílio alimentação não incide na LRF, pois o Sinteac já faz este tipo de negociação com as prefeituras, mas queremos uma proposta real que pode ser paga sem incidir no impacto da folha de pagamento. Lamentou que existam outras organizações puxando uma Marcha para essa sexta-feira (dia 7), para reivindicar o cumprimento da Meta 17 do Plano Nacional Educação (PNE) do piso de 2022, caso o governo federal venha investir recursos na educação. Tal Macha é para dividir, fragmentar e desmobilizar a categoria para que não lute pelo o auxílio alimentação. Tanto é verdade, que esta META 17 não é pauta da nossa data base, o que tem a ver?”
A presidente do Sinteac esclareceu que os percentuais do PISO DO MAGISTÉRIO não é para os professores licenciados de nível superior, mas é exclusivo para os professores de nível médio magistério. Portanto, fazer macha por esta meta e percentual de piso é enganação. “Vamos concentrar energia para segunda-feira no dia 10 de fevereiro às 8 horas, em frente do Palácio Rio Branco para deliberar a não retomada do ano letivo, a única forma que temos para garantir nosso auxílio alimentação”, destacou a sindicalista.
Acrescentou ainda que os trabalhadores em educação, só arrancarão alguma coisa deste governo se lutar agora, do contrário ficam mais 5 anos sem nenhum reajuste. Se não lutarem agora, este governo vai continuar enrolando a categoria o resto do mandato, pois em 2022 é ano eleitoral e não poderá conceder reajuste. Lamentou que o governo declara que recebeu o Estado falido e acabará ficando para tratar da questão da data base em 2023. “Daí ficaremos de 2016 a 2023, sem reposição inflacionária”. “O vice-governador Major Rocha ficou de marcar reunião de negociação para esta quarta-feira, mas estamos aguardando o encontro com o governador Gladson Cameli para tratar do nosso auxílio alimentação. Vamos todos para a luta pela concessão dos 500 reais de auxílio alimentação e o pagamento de 50% da nossa VDP”, convocou a sindicalista.
A NOSSA LUTA É DIA 10 FEVEREIRO. A LUTA É AGORA, NÃO INICIANDO O ANO LETIVO SE NÃO TIVERMOS GANHO REAL.
NÃO PERMITAM OS DESMOBILIZADORES DA NOSSA LUTA NOS ENGANAR E NOS LUDIBRIAR COMO FIZERAM NO ANO PASSADO.
FIQUEM ATENTOS AS NOSSAS CONVOCATÓRIAS NA TV GAZETA E TV RIO BRANCO!!!
O auxílio alimentação no valor de 500 reais é só para os servidores da ativa? Nós ,professores aposentados ,não ganharemos nada?
ola professora, estamos com a proposta pra todos servidores ativos e inativos. Estamos no aguardo do governo chamar nova conversa sobre estes pontos.