
A sindicalista Rosana Nascimento, acompanhada dos representantes dos núcleos do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), sentaram com o secretário adjunto da Educação, Márcio Matos, no fim da tarde de ontem, para tratar da extensa pauta de reivindicações da categoria. Apesar das justificativas e choradeira, o gestor da Secretaria Estadual de Educação (SEE) pediu para que os trabalhadores em educação (professores e funcionários de escola) não deflagrassem o movimento grevista previsto para a retomada do ano letivo, mas sugeriu que a categoria aguardasse a redução dos indicadores da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
A presidente do Sinteac disse que já esperaram o ano inteiro e que foram enrolados este tempo todo. Informou que não são os dirigentes sindicais que decidem pela paralisação por tempo indeterminado, mas a categoria que no fim do ano passado, nas assembleias deliberativas, decidiram pela não retomada do ano letivo de 2020, caso o governo não tivesse fechado a negociação da proposta da data base de 2019. “Agora a LRF passou a ser a menina dos olhos dos governantes, que usam este impedimento para ficar despreocupados em atender a reivindicação dos servidores da educação, pois eles não fazem o menor esforço para resolver o problema”, lamentou a sindicalista.
Rosana contou que no primeiro semestre do ano passado, quando começaram as rodadas de negociações, não estava no limite e tinha dinheiro, para conceder o reajuste pleiteado pelo Sinteac, ficaram enrolando enquanto a folha foi sendo inchada com novas contratações para acomodar os aliados. “Agora nos resta lutar pelo o Auxílio – Alimentação correspondente ao percentual que estava sendo negociado de 15.99%, porque a nossa categoria está com uma grande defasagem nos salários desde 2016, quando negociamos o último reajuste parcelado até 2018”, revelou.
A sindicalista destacou que o piso de professor com magistério de nível médio está maior que o do professor com nível superior.
O piso do funcionário de escola chega em torno de R$ 876,00, que está bem abaixo do que o salário mínimo, enquanto as equipes gestoras estão há mais de quatro anos sem reajuste salarial e as gratificações dos coordenadores administrativos e secretários escolares assegurada pela Lei Gestão Democrática. “Esperamos que a categoria não tenha que cruzar os braços por falta de compreensão, sensibilidade e desrespeito com a Educação, que dá o sangue para melhorar os índices de qualidade do ensino público”, observou.
Pleito – Se realmente o governador respeita a Educação como declara na imprensa, acredito que vai atender as reinvindicações da categoria com a concessão do auxílio alimentação, ‘puladinha’ extra assim que se adequar a Lei de Responsabilidade Fiscal. “Depois de tantas promessas e conversas é o mínimo que pode fazer por nossa categoria”, ponderou a sindicalista.
A presidente do Sinteac aproveitou a ocasião para pedir o apoio da sociedade acreana, em especial aos pais de alunos, pois os professores fazem grande esforço juntamente com funcionários se doando para fazer o melhor, dando atenção, carinho aos alunos, pois ficam muito mais tempo cuidando de seus filhos. São estes profissionais que se dedicam a ensinar, dar atenção, cuidar e até proteger enquanto os senhores estão trabalhando, de certa forma, ficam ” tranquilos” seja no trabalho ou em casa.
Acrescentou que a categoria quer iniciar o ano letivo, quem não quer é o governador que enrolou o ano inteiro e não fechou as negociações quando podia. Mas ele pode resolver o problema rapidinho pagando o auxílio alimentação. “Agradecemos o apoio e a solidariedade da sociedade nesta luta para que o ano letivo possa iniciar na data certa (10 de fevereiro)”, finalizou.
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