A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), professora Rosana Nascimento defendeu que estes cortes das gratificações, não sejam apenas dos servidores públicos, inclusive dos funcionários de escola e professores. A sindicalista destacou que os cortem seja também de secretários, comissionados e chefes de órgãos públicos, a exemplo do governador que abriu mão de três meses de salários. Os secretários e chefes de departamento de todo Estado, abram mão de, no mínimo, 50% de seus vencimentos para ajudar no combate ao coronavírus . “Não podemos aceitar sacrifícios só da parte dos que ganham salários reduzidíssimos, pois achamos que os cortes devem começar de cima para baixo, porque não é justo que a nossa categoria pague a conta”, lamentou a sindicalista.
As diretoras do Sinteac sugeriram que os cortes não sejam de forma abrupta, para permitir que os servidores da Educação se organizem economicamente, possam pagar suas dívidas contraídas na praça, para que não vire uma bola de neve e que a SEE possa criar critérios de cortes e divulgar com antecedência as medidas amargas que serão adotadas. Com estes cortes, devem compensar, neste momento de pandemia, com a concessão do Auxílio Alimentação, “ se farão estes cortes das gratificações e aulas complementares, que fechem o acordo de pagar o Auxílio Alimentação que será um custo menor e compensará na cesta básica dos servidores da Educação”, defendeu.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), professora Rosana Nascimento, acompanhada da diretora do Departamento de Funcionários do Sinteac, Márcia Lima, esteve no gabinete do subsecretário de Educação Francisco Márcio Alves do Amor Divino, para tratar do corte da gratificação dos servidores públicos. As sindicalistas estavam preocupadas com os funcionários de escola que já ganham um salário de miséria, retirando complementações, gratificações passariam a receber apenas entre R$ 600,00 a R$800,00, pois os seus pisos salariais são menores do que o mínimo. “Temos recebido muitas ligações e mensagens de whatssapp de professores e funcionários de escola preocupados com os cortes das aulas complementares e dedicações exclusivas e funcionários preocupados com a retirada de dobras e gratificações”, observou a professora Rosana Nascimento.
Pleito – A diretoria do Sinteac sentou com o subsecretário Márcio Alves, pois a reunião já tinha sido agendada pelo secretário estadual de Educação, Mauro Sérgio, e a advogada Marta Liane, em busca de resolver o problema. Durante o encontro, os sindicalistas foram informados que os cortes serão inevitáveis para garantir o pagamento da folha da categoria até dezembro, inclusive o 13º salário em decorrência da queda dos repasses do FUNDEB, pois a economia paralisada por causa da pandemia do coronavírus não vem gerando impostos, arrecadação, que refletirá na redução dos recursos destinados ao FUNDEB.
A professora Rosana Nascimento aproveitou a ocasião, para pedir ao governador Gladson Cameli a concessão do Auxílio Alimentação, assim como fez o governo federal com o pagamento de R$ 600,00 para ajudar os desempregados e autônomos, compense estes cortes com a ajuda de custo, proposto anteriormente na pauta da data-base que está com dois anos e não se fechou nenhum acordo.
“Acreditamos que é o momento de ajudar, principalmente os funcionários, que sem as gratificações e dobras passarão a receber, apenas R$800,00”, finalizou a sindicalista.
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